quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Só pra comemorar aqui, voltei a ler A Sociedade do Anel. Havia iniciado, mas parei repentinamente logo no começo, quando Frodo decide vender Bolsão. A narrativa de Tolkien é meio densa e com muitas descrições geográficas, pra você entender e imaginar mesmo o mundo criado por ele, acompanhar junto com os hobbits ou a Comitiva cada passo dado por eles.

Então há uns dois meses resolvi deixar a preguiça de lado e voltei a ler desde o começo, mesmo já tendo decorado o resumo do que já havia lido. Já estou na parte em que a Sociedade é formada após o Conselho de Elrond e o grupo se prepara para deixar Valfenda.

Acredito que agora engrenei na leitura e acho que vou conseguir ler os três seguidos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Seu Pior Inimigo


Já disseram uma vez que o pior inimigo do homem seria ele mesmo. O maior desafio seria uma luta contra você mesmo. Você sabe exatamente qual seu ponto fraco, seu ponto forte e ainda assim continua sendo surpreendido pelo seu próprio EU.

Um vídeo que tem muito a ver com esse tema é da música The Last Fight do Bullet For My Valentine. Apesar de já ser meio clichê, esse tema só é considerado em aulas de filosofia nas faculdades. Mas na hora da prova real, todo mundo tira zero. Todos sabem fazer criticas, mas na hora da autocrítica, que é a que pega mesmo, todo mundo quer dar uma escapada. Parece que as feridas geradas por nós mesmos são mais profundas pois enxergamos aquilo que realmente é verdadeiro, e não ilusão.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Guerra Maravilhosa - Ataques no Rio de Janeiro



Enquanto o Rio de Janeiro se acaba na guerra do tráfico, a Globo tenta passar a imagem da cidade maravilhosa em suas novelas, séries e programas de artistas. Essa imagem tão utópica da capital pintada por quem tem poder de influencia na mídia só mostra que o ponto turístico mais famoso do país é um contraste e que só gera confusão entre a beleza e o caos.


Muita gente queria que o país se ferrasse quando a Dilma ganhou a eleição, que o Rio de Janeiro não ganhasse como sede da Copa e das Olimpíadas e que fosse mostrado um exemplo do que a Cidade em si é na verdade. Porém, não param pra pensar que esse tipo de pensamento só retarda a melhora de uma situação que já está ruim. Desejar mal pro próprio país é coisa de gente que não deve funcionar muito bem. Se nós, que moramos, trabalhamos, pisamos nesse chão não queremos o bem pra nossa própria terra, quem mais vai querer? Os outros países que só estão com interesse político, ambiental e capital, que nos querem apenas como cobaias? Claro, somos 3º mundo. “Tadinho” deles.


Agora que o caos já está estabelecido na cidade, todos pedem paz. Na hora da birra, querem que o Brasil se exploda, mas agora que o sufoco chega ao limite da sobrevivência, todos pedem um pouco de tranqüilidade. O mais irônico de tudo isso é que o risco maior acaba caindo sempre nos moradores, trabalhadores do local, que querem apenas um respeito mútuo entre as pessoas.


Cidade maravilhosa, cheia de tiros mil...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A Bateria Como Profissão




Grande artigo feito pelo Carlos Maggiolo. Se encontra no site batera.com.br.


Carlos Fernando Maggiolo



Vem batendo à minha porta, seja através de e-mail, seja através dos tópicos publicados no nosso Fórum de Discussões, uma série de questionamentos típicos daquela galera que pensa em abraçar a batera como profissão, mas que fica insegura diante da realidade brasileira – com medo de sucumbir frente às dificuldades da vida.


É uma galera jovem, como não poderia deixar de ser – apaixonada pela arte dos tambores. São pessoas com a sensibilidade à flor da pele – artistas natos, mas muito novos e traumatizados pela crise econômica que avassala as casas das famílias brasileiras.


Vamos amadurecendo e começam as cobranças naturais do cotidiano social – temos que decidir o que fazer da vida – que profissão abraçar???


Quando filho da classe menos favorecida, o medo é enorme, porque vê um pai e uma mãe se matando de trabalhar e já vivendo na maior miséria – ser músico é mais arriscado ainda e pode jogar água abaixo o sonho de sair da miséria. Quando filho da classe média ou alta a insegurança é gritante, porque muitas vezes há pressão familiar cobrando um diploma digno da “altura da família”. Os pais “investem” na educação dos seus filhos para que sejam “médicos, engenheiros ou advogados” (como bem disse Robertinho Silva) e ficam com medo do filho se aventurar na carreira artística – ainda mais bateria – um instrumento sem grande expressão no cenário musical.


Esse é o medo que atormenta o artista de espírito, que gostaria de dedicar a sua vida à arte de batucar.


Enfim, como venho deparando muito com essas questões resolvi escrever este pseudo artigo, que ora submeto à apreciação daqueles que mais precisam de respostas – o jovem baterista.


Sinto-me autorizado a discorrer sobre o assunto. Estou completando quatro décadas de existência bem vividas. Já vivi tudo isso. Sou um amante da bateria e abracei outra profissão onde venci na vida e hoje divido o meu tempo entre a profissão, a família e o amor aos tambores.


Pois bem – existe um outro destinatário deste texto – tão jovem quanto, mas que embarcou na onda da batera por outros mares e que pode naufragar sem a devida orientação. Estou falando daquele “carinha” que toca batera sem compromisso, pra curtir um “estilo free” de ser – e que pensa em embarcar nessa proposta pensando que a vida vai passar como uma onda no mar – doce engano.


A regra não é só para candidatos a baterista – é para qualquer profissão: para vencer na vida dependemos de muito esforço – e ainda existe a possibilidade de nos esforçarmos e não sermos devidamente recompensados. Se não plantarmos com muito suor e dedicação, aí não colhemos nada mesmo. O mar não está para peixe.


Àquele que pensa em fazer grande sucesso com uma banda tocando o rock do surfe, sem ter que se dedicar nos estudos - aliás, ao contrário, fazendo da renúncia ao sacrifício uma forma de exploração da imagem do sucesso, saiba que pode até dar certo – acontece com uma meia dúzia. Contudo, para cada meia dúzia que deu certo existem centenas de milhares que não deram em nada, porque é uma proposta meio kamikaze, você renuncia aos estudos e a uma vida regrada primordial ao baterista para mergulhar numa onda sem volta. Quando a onda passa já é tarde – você passou do time.


A vida do baterista é muito mais do que isso. O seu mercado de trabalho é bem variado. São inúmeras as áreas de atuação de um batera e existem muitas opções para se faturar o “leite das crianças” em todas as etapas da nossa vida – é só saber administrar e planejar. Aquela proposta do rock do surfe é uma – mas existem milhões de outras propostas – exatamente as que os jovens não conhecem. Médicos e advogados precisam estudar a vida inteira e encaramos isso com naturalidade, quase que como uma conclusão lógica. Baterista também precisa estudar a vida inteira, mas uma parcela significativa de discípulos da arte apresenta certa dificuldade de conceber isso e essas presas fáceis da preguiça acabam caindo na vala comum. O pior é que culpam o mercado de trabalho, a economia e o desemprego como causas do insucesso profissional. Jamais reconhecem que é falta de aptidão técnica ou qualquer deficiência de natureza acadêmica. Muitos assumem a preguiça, a falta de estímulo e paciência, sem, contudo, reconhecerem as conseqüências práticas. Voltando ao exemplo daquele que abraça a carreira do pop-star da batera – do rock do surfe – esse cara vai pra crista da onda e passa de dois a cinco anos por lá. Se não tiver personalidade musical, a onda passa – das duas uma: o cidadão fez um pé-de-meia e parte para outra quando a onda passar ou então compra novos métodos e tira a poeira da bateria de estudos – começa do zero. Ele não tem outra opção, porque a profissão de baterista exige como pré-requisito que se tenha o domínio da técnica – qualquer que seja a sua área de atuação. Seja bem vindo à vida profissional de um baterista.


Se você ainda não começou a estudar – comece. Conheça a teoria musical. Saiba ler. Domine a partitura e procure desbravar o mundo encantado da harmonia. Vão exigir isso de você no mercado de trabalho.


Isso de que não se ganha bem com bateria é mentira. Existe mercado – só que é competitivo em qualquer frente de trabalho e é muito sacrificante. Por outro lado, existem diversas propostas de vida e você, se for empenhado, encontra aquela que melhor se adapta a sua forma de viver. É claro que o baterista renuncia muito o convívio familiar, mas se souber administrar o tempo, dá pra recompensar tudo isso em pequenos momentos.


O baterista trabalha à noite e nos fins de semana – exatamente quando a família tradicional está mais reunida.


Fiquei quinze anos fora do circuito. Quando eu parei de tocar não existiam bons cursos de batera. No Rio era a Pró-Arte e nada mais. Tínhamos bons professores particulares, isso sim. Naquela época se justificava o batera estudar no exterior - hoje não - temos excelentes cursos, métodos e uma “flora” de ritmos muito diversificada, própria da nossa raiz – o Brasil. Estamos com uma boa estrutura acadêmica e o panorama é outro – não só podemos como devemos estudar no Brasil. Então, galera, ninguém precisa ficar inseguro porque não foi estudar em Boston. Lá você pode conhecer uma dinâmica profissional bem diferente – com um parque de casas noturnas bem grande e com alto giro de propostas de trabalho. Vão te dar a pauta das músicas e você vai ter que sair levando. Você vai conhecer um mundo de gente, vai aprender a ter disciplina e tudo mais. Claro que é válido, mas não é porque não foi que está fadado ao insucesso. Ao contrário, se souber canalizar vai aproveitar mais a raiz e não falta onde desenvolver a vida acadêmica. Quanto às casas noturnas, não esquenta – não temos tantas, mas temos outras frentes de trabalho – é outra realidade.


Amor – muito amor aos tambores. Se não for assim não vence – procure outra profissão. Então, não minta pra você mesmo. Veja se essa paixão não é fogo de palha. Veja se isso vai te realizar para o resto da sua vida. Pense consigo mesmo se isso lhe bastará – lhe realizará. Muitas vezes o espírito amadurece e exigimos de nós um domínio maior sobre a ciência das letras ou dos números embora a atividade intelectual na carreira musical seja intensa. É por isso, por tudo isso, que o amor ao nosso rústico instrumento se revela como outro pré-requisito para a vida de um baterista.


Muito bem. Se você está disposto a estudar duas horas por dia, mesmo no auge do sucesso ou no meio da sua jornada profissional, com trinta anos de profissão (e para tanto você deve ser paciente e insistente), obviamente você é um apaixonado pelo instrumento que elegeu. Apresentando esses dois pré-requisitos, você pode mergulhar no mundo encantado da bateria – vai ter trabalho digno e honesto para você - sempre.


Sua apresentação pessoal é importante – é sua imagem. São essas pequenas particularidades de cada um que começam a fazer a diferença – como a simpatia e a responsabilidade. O meio é político? É – não se iludam – o ser humano é político, mas aquele que não é político encontra seu lugar ao sol – se impõe pelo talento.


O baterista toca na noite, toca com a sua banda, acompanha cantores, participa de gravações, de workshops, leciona, enfim, tem muito trabalho – e trabalho chama trabalho.


Dá para viver com dignidade sim. Como em qualquer profissão, sempre vão existir aqueles bem-sucedidos e aqueles apoucados – sempre vamos ver uns realizados e outros menos. Agora, estamos no Brasil – na terra do ritmo – o brasileiro tem o ritmo na veia – a competição é nivelada por cima – temos que ser dedicados e comprometidos com a perfeição – esse é o segredo do sucesso e da realização profissional do baterista.


Esse é o alô que eu queria dar pra você que está pensando em se profissionalizar. Pode perder o medo – tem trabalho sim, mas pense bem para não se arrepender no meio do caminho.


Fonte: http://www.batera.com.br/artigos/batera_como_profissao.aspx

sábado, 25 de setembro de 2010

Myrath – Prog Metal - Tunísia



Dias atrás estava procurando novas bandas para aumentar meu repertório e sair da mesmice de bandas que eu já ouvi trilhões de vezes.

Foi aí que, pesquisando em vários lugares, encontrei no Last recomendações de bandas relacionadas com o Orphaned Land. Um tal de Myrath. Pelo nome supõe-se que é banda árabe, mas o mais legal de tudo é que essa banda é da Tunísia, no norte da África, onde você menos imaginaria que uma banda de metal surgiria.

Com dois álbuns de estúdio, e já indo pro terceiro em 2011, a banda surgiu em 2001 (inicialmente como X-Tazy) quando o guitarrista Malek Ben Arbia possuía apenas 13 anos de idade. Seu som tem influencia nítida de Symphony X, mas com grande atmosfera de música típica do oriente. Os integrantes são competentes e em alguns momentos lembra bastante os veteranos do Dream Theater.

A banda acertou em cheio gravando o seu álbum de estréia Hope com uma performance que nos deixa espantados, isso mostra que o topo do metal progressivo não é inalcançável.

Guarde esse nome pois esses caras ainda vão dar muito o que falar.








Hope – 2007


01.: Intro  02:06
02.: Confession  06:37
03.: Hope  08:53
04.: Last Breath  04:23
05.: Seven Sins  11:23
06.: Fade Away  04:43
07.: All My Fears  05:12
08.: My Inner War  08:33








Desert Call – 2010

1. Forever And A Day   5:41
2. Tempests Of Sorrows   4:42
3. Desert Call   7:00
4. Madness   6:18
5. Silent Cries   10:48
6. Memories   4:53
7. Ironic Destiny   5:44
8. No Turning Back   5:38
9. Empty World   7:06
10. Shockwave  7:15

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Reflexão Noturna

Quanto mais aprendemos, mais percebemos o quão pouco sabemos. Tomando lições sobre o orgulho vemos o quanto somos insignificantes em nossas convicções. Julgamos as pessoas como se fossem de outra espécie, ou como se fossem um inimigo que nos fez um grande mal e nos prejudicou pro resto da vida. E o mais incrível é que essas vítimas na verdade não nos fizeram nenhum mal diretamente. Acho que se usássemos o tempo gasto em criticar para melhorar nós mesmos, o mundo estaria um pouco melhor, com certeza.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A Bolsa Esquecida


Algumas situações na vida são definidas por ações que duram menos de 1 minuto. É incrível como apenas 30 segundos são tão importantes para a continuação da vida. São segundos decisivos e que mostram totalmente o andar da carruagem daqui pra frente. A conseqüência depende justamente desse precioso e curto espaço de tempo. É a partir dele que será definido como será o “depois”.

Digo isso ainda com mais certeza depois de algo que me aconteceu numa viagem de ônibus a Piracicaba.

Eram 16h00min e eu estava esperando o ônibus na pista entre Campinas e Sumaré. Acenei logo quando vi a silhueta do veículo para garantir que ele não passasse despercebido e eu ficasse plantado mais uma hora inteira ali naquele ponto que recebia com desdenho o vento cortante empurrado pelos carros e caminhões daquela rodovia. Aliás, esse vento prejudica totalmente minha visão, faz meu olho lacrimejar como se estivesse assistindo a um programa de humor da TV (de tão ruim que é!)

Após comprar a passagem vi que, se havia lugares vagos, eles estariam no final do corredor, ou seja, o que havia sobrado.

Dirigi-me então aos últimos assentos e sentei ao lado de um cara que parecia estar dormindo, apesar de não exibir certeza quanto a isso.

O problema de se sentar ao lado de homem, além de ser desagradável por natureza, é que ele já está exatamente na proporção desejada de “espaçosidade” que você queria ao se sentar em um ônibus de viagem. Por isso você não consegue ficar confortável o quanto queria. É sempre uma perna aberta invadindo seu espaço, um braço pontudo no apoio do banco, (aliás, esses apoios não foram fabricados para dois braços, nunca! É impossível manter dois braços de forma confortável nesses apoios). Resumindo você tem que ficar como se fosse um robô paralisado esperando desesperadamente a pessoa que está ao seu lado sair logo.

E ele saiu! Não antes de mim, mas saiu. É o momento de maior alívio quando se está dentro de um ônibus sem conseguir se movimentar. Demorou um pouco, o cara até se enrolou no momento que o fiscal entrou para verificar as passagens, ficou com uma cara de desespero porque não estava conseguindo encontrar seu bilhete. Procurou na mochila, na carteira, revirou a capa do banco da frente, o guarda jornal, e o fiscal chegou a sua fileira. A resposta foi direta “To procurando”. Disfarcei um sorriso na hora, ainda mais com o fone no ouvido pra ajudar, e ele continuou sua interminável busca enquanto o fiscal continuou seu trabalho nos demais lugares. Eu via o sofrimento naquela cara desesperada, temendo que algo viesse a acontecer. Por fim colocou a mão embaixo da capa do banco que estava a minha frente e tirou dali um papel amarelo contendo as informações do passaporte. A grande questão agora é se aquela passagem era dele mesmo ou se ele havia achado e a usaria para se livrar do fiscal. O engraçado foi que, quando o fiscal acabou de verificar todos os bilhetes, ele segurou o bilhete esperando o homem voltar. A decepção maior foi que o fiscal passou largo e reto direto ao motorista. O cara parecia ter ficado bravo com a procura vã de seu falso bilhete. Então o amassou e retornou ao seu lugar de origem: embaixo da capa do banco dianteiro. Essa cena me divertiu um bocado naquela viagem desconfortável.

Mas o foco do meu post não é essa situação, e sim a seguinte, que irei explicar detalhadamente sem me estender muito.

Havia um casal com um bebê logo a frente desde o começo da viagem. Enquanto isso ia observando qual pessoa daquelas todas iria se levantar e deixar um lugar vago para que finalmente eu pudesse fazer uma viagem “espaçosa”. Quando menos esperava o casal se levantou e se dirigiu até ao motorista para solicitar a parada. Nesse momento fui direto ao lugar, afinal eram dois lugares vagos, e aí eu poderia governar aquele espaço até algum “sortudo” escolher o banco ao lado e sofrer como eu sofri com o Louco do Bilhete.

Eu poderia ter hesitado. Poderia ter aguardado um pouco para não fazer papel de desesperado por lugares vagos. Mas não, eu fui direto sem transparecer impaciência, como se houvesse entrado no veículo naquele momento. Ao chegar ao lugar, visualizei de primeira uma bolsa cor de tecido de barbante no canto, embaixo da janela. Eu poderia ter pensado, poderia ter demorado e ficar imaginando o que havia naquela bolsa. Então eu olhei pra frente e vi o casal se preparando para descer. Naquele momento você não para pra pensar muito, porque se pensar por mais de 10 segundos, a conseqüência pode durar bem mais do que míseros segundos.

Rapidamente peguei a bolsa e levei até a mulher que estava com o filho no colo. Perguntei “Moça, essa bolsa é sua?” então ela respondeu com um ar de espanto “É sim, olha só, já ia esquecendo e ia ficar aqui”. Após o agradecimento rápido, voltei-me ao lugar que havia sido ocupado pela bolsa e fiquei refletindo.

“Como uma simples e rápida ação influencia diretamente no futuro, por mais comum que seja, até algo em que estamos acostumados a fazer. Por outro lado, se pensarmos muito, ou demorarmos, isso pode nos acarretar outro futuro e outra conseqüência, as vezes mais perigosa e arriscada." Tive um deja-vu do filme Efeito Borboleta.

Tenho certeza de que há um propósito em todas as nossas ações. E essa que aconteceu no ônibus me deixou muito feliz de poder ter contribuído para o bem de um casal desconhecido, mesmo sabendo que posso não encontrá-los nunca mais.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dream Theater: Mike Portnoy anuncia saída da banda



O baterista e fundador do Dream Theater, Mike Portnoy, anunciou hoje, 8 de setembro de 2010, que deixou a banda. Na carta de Mike, que pode ser acessada em seu facebook, ele explica os motivos de sua saída, dizendo que está tendo mais diversão e melhores relações pessoais com os demais projetos, entre eles, o AVENGED SEVENFOLD, que tocará no SWU dia 11 de outubro em Itu / SP. Ele tentou dar um tempo com a banda, para retornar com as baterias recarregadas, mas os demais membros do Dream Theater  não compartilharam de seus sentimentos, o que causou o rompimento.

Leia a tradução do texto completo de Mike:

Estou prestes a escrever algo que nunca imaginei que fosse escrever:
Após 25 anos, decidi deixar o Dream Theater (banda que fundei, liderei e amei verdadeiramente por um quarto de século).

Para várias pessoas isto será um choque completo e também provavelmente será incompreendido por alguns, mas por favor acreditem que não é uma decisão impensada. É algo com o que vinha lutando desde mais ou menos o último ano.

Após ter experiências tão incríveis tocando com o Hail, Transatlantic e Avenged Sevenfold neste último ano, concluí tristemente que me divirto mais e me relaciono melhor com esses outros projetos do que tenho com o Dream Theater há algum tempo.

Por favor não me interpretem mal, amo os caras do DT de verdade e temos uma longa história de amizade que nos une profundamente. É que realmente acho que precisamos de uma pausa.

O Dream Theater sempre foi meu bebê e eu tomei conta desse bebê cada dia e momento da minha vida desde 1985 - 24 horas por dia, 365 dias por ano. Estar de férias com o DT não significa não ter responsabilidades (mesmo quando estávamos "parados")... sempre estive trabalhando e muito além do que a maioria das pessoas sãs fariam por uma banda.

Mas cheguei a conclusão de que a máquina DT estava começando a me desgastar e realmente precisava de uma pausa da banda com o intuito de salvar meu relacionamento com os outros membros e manter meu espírito do DT alimentado e inspirado.

Nós temos estado num ciclo de escrever/gravar/fazer turnês por quase 20 anos agora (em que eu tomei conta de CADA aspecto sem uma folga) e enquanto alguns meses têm sido muito necessários, eu honestamente esperava que o grupo pudesse simplesmente concordar comigo tendo uma espécie de "hiato" para recarregarmos nossas baterias e "salvar-me de nós mesmos".

Infelizmente, discutindo isto com os caras, eles determinaram que não compartilham dos meus sentimentos e decidiram continuar sem mim ao invés de dar um descanso. Eu até mesmo me ofereci para fazer alguns trabalhos ocasionais ao longo de 2011 (contra meus desejos iniciais), mas não era para ser...

Enquanto dói sinceramente para mim só de pensar em um Dream Theater sem Mike Portnoy (infernos, meu pai nomeou a banda!!), eu não quero ficar no caminho deles, então optei por me sacrificar e simplesmente deixar a banda para não segurá-los contra seus desejos...

Curiosamente, acabei de ler uma entrevista que dei recentemente em que me perguntaram sobre o futuro do DT e falei sobre "sempre seguir seu coração e ser fiel a si mesmo". Infelizmente, preciso dizer que neste momento em específico, meu coração não está com o Dream Theater... e eu simplesmente iria ignorar minhas emoções e NÃO seria fiel a mim mesmo se continuasse motivado por obrigação sem tirar as férias que eu senti que necessitava.

Desejo aos caras o melhor e espero que a música e o legado que criamos juntos seja curtido por fãs nas próximas décadas. Estou orgulhoso de cada álbum que fizemos, cada música que escrevemos e cada show que tocamos.
Sinto muito aos fãs do DT desapontados pelo mundo... eu realmente tentei salvar a situação e fazer funcionar. Eu realmente só queria uma pausa (não uma separação), mas felicidade não pode ser forçada e precisa vir de dentro.

Vocês, fãs do DT, são os maiores fãs do mundo e, como vocês todos sabem, sempre trabalhei duro por vocês e espero que continuem comigo na minha futura jornada musical, não importa aonde isso possa me levar - e como todos vocês conhecem minha ética de trabalho, com certeza não haverá escassez de projetos futuros do MP!

Infelizmente,

Seu destemido ex-líder e baterista,

Mike Portnoy

(Fonte - Whiplash)

Realmente, por essa eu não esperava. Fiquei muito triste mesmo. Eu imaginava que qualquer um da banda (exceto o Petrucci) poderia sair, e justo o líder da banda sai? Posso não ter certeza, mas acho que tem cheiro de Avenged Sevenfold, até porque eles estão sem baterista e o Portnoy vem demonstrando bastante alegria ao tocar com os caras.


Não sei se a banda continua, pode ser que sim, pode ser que não. O mais interessante é a expectativa de saber quem pode ser o substituto. Ou eles pegam a um baterista de renome com a mesma capacidade de criatividade ou surge um desconhecido que surpreende a todos e traz o fôlego de volta à banda. Especulações citam Aquiles Priester e Joey Jordison. É muito cedo pra dizer.

Eu não estava dando muita atenção pro DT ultimamente se comparar com o quanto eu acompanhava a banda nos primórdios da minha loucura pela banda. Acho que isso acabou impactando diretamente no Portnoy também.

Ainda tenho esperança de que ele volte, afinal, o mundo dá voltas.

Mas eu espero de verdade que coisas boas podem e vão acontecer desse ponto em diante. Digo isso pros dois lados.

To perdido agora.

*Lost in Hollywood - System of a Down

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Time Out


É até meio engraçado, mas nessa semana, todos os dias estavam parecendo sexta-feira. Sempre terminavam com aquele clima "Vamos todos embora no horário porque hoje é sexta!" Enquanto algumas semanas custam a passar, outras simplesmente gostam de voar e tirar sarro da nossa cara, dizendo o seguinte: Sou eu (Tempo) quem manda aqui!
Realmente, o senhor Tempo não obedece ninguém, ele não tem chefe. Você apenas cumpre o que ele deseja, e na velocidade que ele bem entender.

Antes eu tinha muito mais tempo pra fazer as coisas. Quando você ainda é criança, não vê a hora de ficar adulto logo pra fazer o que bem entender. Mas é aí que você acaba caindo na sua própria armadilha. Você até "pode" e consegue (às vezes) fazer o que quiser, mas acaba adquirindo responsabilidade ao longo do tempo. Essa responsabilidade acaba te deixando sem tempo pra fazer as coisas. Preso num círculo, não?

Admito que de um tempo pra cá, há mais ou menos uns cinco anos, amadureci bastante e de uma forma meio espantosa. Quando eu percebi, já estava lá, exercendo a função de um responsável e entendendo os riscos e as consequências que geralmente isso possui. A reflexão me ajudou muito a terminar de formar meu caráter e, de certa forma, me amadureceu no tempo certo e de maneira correta.

O tempo pode ser nosso grande aliado, mas também nosso maior inimigo. Cabe a você decidir o que ele será.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Tirando o pó

Postagem de atualização só pra variar um pouco.

Ouvindo Derek Sherinian

Box do Matrix chegou hoje! (Ieba!)

Almoço no Shopping Dom Pedro (Mas não passei na Starbucks)

Fui até o centro de Campinas pra arrumar meu cartão do ônibus ¬¬

*Coloquei a ordem cronológica descrescente.

Amanhã mais um dia corrido e cheio de coisas pra resolver.

Tenho várias coisas legais pra postar mas ta me faltando tempo para mandar aqui. Logo atualizo de novo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Desligue a TV e vá ler um livro

Eu queria saber mesmo por que eu não consigo fazer um post inteiro de uma vez. A maioria dos meus últimos posts estão todos sendo confeccionados simultaneamente. Enquanto um é iniciado, o outro está na metade, escrevo um pouco ali, acrescento algumas lembranças em outro, lembro de algo importante a considerar em outro post distinto, às vezes algum fica estacionado e começa a pegar poeira até engrenar no pensamento de novo. É uma doideira só. Mas o que torna essa atividade legal, é que acaba virando uma espécie de diário único, como se todo o meu blog fosse um post só, porém ordenado em forma de assuntos e temas.

Sempre me senti bem mais escrevendo do que falando. Deve ser por isso que continuo a usar blog enquanto a febre do momento são os famosos Vlogs, onde cada um tenta se expressar de forma diferente, e ao mesmo tempo copiando alguém conhecido. Sei lá, parece que escrevendo você consegue se expressar muito melhor, detalhar as coisas melhor, escrever de forma poética ou direta (imagina se você começa a conversar com alguém como se estivesse declamando Machado de Assis O.o). Eu não estou desmerecendo o poeta brasileiro, é que a linguagem usada numa conversa coloquial é bem diferente de uma poesia do final do século XIX.




Recordo-me de quando era pequeno. Sempre cresci rodeado de livros, na época infantis, mas com grandes conteúdos entre eles. Os meus favoritos eram O Caranguejo Bola e um livro com dois contos dos Irmãos Grimm (com O Ganso de Ouro que contém uma cena divertidíssima, e é claro que eu não vou contar). Mas o que mais me atraía a atenção era um sobre dinossauros, que ao abrir as páginas, répteis pré-históricos se levantavam do livro e ganhavam forma que deixava qualquer criança da época impressionada.

Agora, um dos livros que mais me impressionaram foi Os Meninos da Rua Paulo de Ferenc Molnar. Um "Senhor dos Anéis" húngaro (em proporções devidas, é claro). Apesar de mesclar uma linguagem infantil e ao mesmo tempo adulta (alguns trechos são um pouco densos para uma criança ler), o livro consegue, sem esforços ou apelos, criar um laço com o leitor pelo qual você não consegue mais parar até chegar no final.

É uma história tão fascinante que te deixa comovido logo de início. Exemplos de amizade, lealdade e confiança são demonstrados durante toda a narrativa. A analogia à verdadeira guerra é construída de forma impressionante, como se aqueles garotos fossem verdadeiros soldados. (Acho que deixarei um post só pra comentar essa obra prima).

Lembro-me perfeitamente quando ganhei o livro. Estávamos na casa da minha tia e ela ia mudar-se para o Nordeste. Ela estava guardando várias coisas: os pertences que iriam com ela e alguns que ficariam ali. Foi aí que ela se aproximou e me deu um livro de capa vermelha, com uma ilustração que misturava crianças de boné e poeira por todos os lados. Aquilo foi o suficiente para chamar a atenção para o que havia entre aquelas folhas que pra mim parecia inúmeras.



Sou grato até hoje por ganhar um presente raro (em termos de qualidade e ensino) e que ajudou na formação do meu caráter e me instruiu em como agir em certa situações. Muito Obrigado.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Pesadelos Cômicos



Esses dias atrás eu tive um pesadelo muito estranho. Não foi um sonho de dar medo e acordar todo molhado, mas sim aqueles sonhos sinistros, estranhos, e às vezes aqueles que são tão irônicos que chegam a dar um medo interior. O mais cretino do pesadelo irônico é que ele tira sarro da sua cara, de algumas coisas que você teme, e ele o faz de uma forma tão inocente mas que ao mesmo tempo consegue te deixar confuso. E por incrível que pareça, não houve nenhum daquele momento de aflição, em que você está caindo de um lugar muito alto, ou aquele que você tenta correr como um louco mas não sai do lugar.

Sonhei que ia com a minha namorada ao cinema. Tínhamos marcado de assistir um filme, não lembro qual gênero era, mas era um desses atores velhos e consagrados como Harrison Ford, Pierce Brosnam e coisa do tipo, então creio que seria algo de ação com suspense e investigação. Aí beleza. Fui comprar os ingressos enquanto minha namorada já estava entrando na sala (só em sonho mesmo pra alguém entrar na sala antes de comprar o ingresso). Mas eu não sei o que me aconteceu que eu comprei o ingresso e quando me dei conta... estava voltando pra casa. Quando cheguei lá com a pipoca na mão, o filme estava passando na TV O.o

O problema era que eu sentia medo de voltar ao cinema, no sonho acho que era uma má idéia voltar se o filme já havia começado, talvez surgissem monstros devoradores caso você tentasse. Fiquei pensando nela assistindo o filme e morrendo de tristeza de ver o filme na TV sozinho. Depois disso, não me lembro de mais nada do filme, não sei se o final era bom ou se o mocinho morre, ou se alguém vira padre ou dono de loja de automóveis.

O que eu achei mais legal de tudo foi que, esse sonho passou em minha mente antes de assistir "A Origem" (aliás, que filmaço!). Talvez eu reserve um post pra falar desse longa que pra mim foi um dos melhores da década. Recomendo.

Creio que o melhor final pra esse filme foi o despertador tocando na minha orelha às 5 pras 7 da manhã, me avisando pra sair da cama e ir trabalhar.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A Fronteira Final



Estava aguardando a um tempo que o novo álbum do Iron Maiden vazasse. Não sou aquele fã xiita de e nem os odeio até a morte, mas sempre gosto de saber as novidades da banda, ainda mais quando é lançado algo inédito.

Pra resumir, no começo eu não me interessava por Iron Maiden, deve ser porque todos ficavam falando, idolatrando, sei lá, aquela babação chata que toda banda tem. Conforme o tempo foi passando, fui procurando algumas coisas relacionadas, alguns amigos me recomendavam (mesmo eu torcendo o nariz), e as clássicas eu já conhecia de ouvir no rádio.

Pra falar a verdade, ouvi o The Final Frontier apenas duas vezes por completo até agora. E justamente por isso é meio cedo pra dizer alguma coisa concreta. Mas de início posso dizer o básico: é um álbum do Iron Maiden! Com todos aqueles clichês da banda como dedilhados, introduções lentas e demoradas, cavalgadas, refrões grudentos e altos e o padrão de composição típico desde os tempos de sua fase dourada.

Preciso ouvir mais algumas vezes para poder emitir um parecer final, mas por enquanto a avaliação superficial é essa: quem gosta vai continuar gostando, quem não gosta vai continuar odiando, hehe.

Quem sabe mais pra frente eu coloco algo mais detalhado sobre esse álbum (ou não). Mas será que dessa vez esse seria o disco derradeiro da banda? Enfim, só o tempo dirá.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Teoria do Tempo e Dinheiro



Existem três situações em nossa vida em que acontece algo muito curioso. Algo que eu chamaria de Teoria da Jaula da Faixa Etária. Explicarei.

Seria uma reflexão da vida profissional em que o indivíduo fica preso em sua própria teia de garantias, onde uma garantia elimina a outra, e ao mesmo tempo, uma garantia depende da outra para a execução.

Garantias: Tempo e Dinheiro.

Não, não será aquela velha frase “Tempo é dinheiro”. Não quero ser tão clichê assim. Vou mostrar a relação dessas duas ambições características do ser humano.



Jovem: possui tempo, mas não possui dinheiro para ocupar seu tempo e fazer suas vontades. Conclusão: Dormir



Adulto: possui dinheiro, mas passa tanto tempo na garantia de tal, que não possui tempo hábil para gastá-lo. Conclusão: Trabalho



Idoso: possui tempo, dinheiro, mas não tem saco nem disposição para realizar suas vontades. Conclusão: “Veiera”

Ou seja, aquilo que você almeja quando é criança (que seria garantir uma vida confortável e com plenitude nas duas garantias), você só realiza quando já está velho.

Aprofundando no pensamento, você passa a vida fazendo algo para desfrutar somente no final, quando não há no que se desfrutar nessa situação.

E assim caminha a humanidade...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Infância Barulhenta


Sempre tive vontade de tocar um instrumento musical harmônico, como piano ou guitarra. Mesmo sabendo que a bateria entra nesse conceito indiretamente (instrumentos harmônicos seriam aqueles que podem facilmente tocar mais de uma nota de cada vez), seria mais um instrumento rítmico e melódico do que harmônico em sua classificação.Meu gosto pela música nasceu junto comigo, pois desde que me conheço por ser humano, me lembro que sempre alguma música me acompanhava e ficava memorizada em minha cabeça. Cada época era uma música diferente. Eu não sou tão fissurado assim nos ano 80 igual algumas pessoas, mas não posso negar que grande parte desse repertório fez parte da minha infância, afinal é meio ilógico nascer no final dos anos 80 e não ser ligado ao movimento cultural que houve naquela década. Mas vai saber, às vezes meus pais poderiam ter me educado a crescer ouvindo música clássica, ou algum ritmo exótico do caribe.

Enfim, a década musical dos anos 80 foi muito marcante e com certo toque de originalidade. Havia o Synth Pop predominante praticamente em todo o tempo, bandas clássicas de Hard Rock estourando em seu início de carreira e algumas pioneiras passando despercebidas. Isso tanto lá fora como aqui no Brasil. Várias bandas legais e de qualidade como Roupa Nova, Engenheiros do Hawaii, Os Paralamas do Sucesso, Titãs, e por aí vai. Isso sem considerar aqueles artistas de uma música só.Sim, naquele tempo o mundo era deles, de todos esses citados acima.
Conforme ia crescendo, criava um grande carisma pela música em si, não somente nos artistas, no visual que eles exibiam, mas sim no clima transmitido pela música, o que ela queria passar, o sentimento mesmo. Essa percepção me fez prestar atenção em detalhes que são importantes até hoje na forma de compor e de tocar. Os artistas que mais me lembro de passar na TV (quando era bem pequeno) eram KISS, Michael Jackson, Paul McCartney,etc.

E lá vem o início tradicional: as panelas da mãe. No meu caso, não foi exatamente a panela, mas sim as tampas, que no caso seriam os pratos. Eu pegava um porta talher da minha mãe que, ao ser tocado pelas velhas baquetas que eu tinha, soava de uma maneira bem próxima ao da caixa da bateria, é claro que com um timbre inferior e mais cru, mas mesmo assim, aquilo fazia minha alegria. Sempre gostava de acompanhar as músicas que tocavam no rádio, tentava fazer igual ao que era tocado o máximo possível, mesmo sabendo das minhas limitações.

Foi então que minha mãe resolveu fazer uma surpresa: presentear-me com uma bateria! Aquilo pra mim foi o melhor presente que uma criança poderia ganhar. Que mané bicicleta, vídeo-game, bola de futebol. Aquilo pra mim foi o melhor presente que eu já havia ganhado. Era uma bateria básica dos anos 80. Com acabamento rústico, sem peles de resposta e pratos com rebites (esse último, o que mais me agradava) o mais curioso é que, como era uma bateria usada, alguns detalhes eram perceptíveis a qualquer ser vivo, como uma chave de fenda servindo de borboleta para segurar o prato. Mas mesmo assim continuava sendo o melhor presente.

Apesar de ser uma bateria simples, sempre que alguém chegava em casa ela parecia o destaque. O povo ficava encantado com uma bateria que possuía ferramentas de trabalho em sua configuração.

Depois disso eu só fiquei na bateria mesmo, até cheguei a aprender um pouquinho de violão, mas só o básico. Hoje acho que não conseguiria lembrar todos os acordes auehauheauhe.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Aceita um cafezinho?


Você possui Portasemiabertofobia? Engraçado que essa palavra ficou sublinhada em vermelho depois que digitei. Como assim o Word não reconhece essa palavra? Aposto que se ele fosse humano até ele teria essa fobia que é tão inusitada mas que está crescendo cada vez mais nas mentes das pessoas.

Deixando essa piada super sem graça de lado, queria compartilhar algo com meus amigos aqui.
Eu sempre fui meio viciado em cafeína. Comunidades do Orkut dizem isso por mim no meu perfil. Mas peraí, não existe “meio viciado”! Reformulando então, eu sempre fui viciado em cafeína. Desde pequeno sempre gostava de tomar café preto de manhã, é certo que não há nenhum mal nisso, a maioria das famílias fazem uso desse costume tão universal, mas eu acabei pegando gosto pela coisa. Quando ia no trabalho da minha mãe, eu sempre pedia pra gente ir no setor em que serviam café, e, na época, aquele café era tão saboroso que era considerado o melhor pra mim.
Sem falar também no que eu chamo de “Petróleo do Futuro”. Alguém advinha? Sim, a Coca-Cola, que a meu ver é ao mesmo tempo uma maldição na vida das pessoas desde quando surgiu no século XIX. É interessante como a maioria das pessoas que consomem esse produto nem se importam com a origem do negócio. Acho que se todos esses, que são consumidores assíduos da bebida, procurassem pesquisar a história da marca, o mundo estaria menos emburrecido e com sede de informação. Não estou dizendo que ler sobre a história da Coca-Cola te deixa mais inteligente, mas tenho certeza que a pesquisa sobre as origens das coisas abre portas para a busca no conhecimento de várias outras coisas. E isso faz muito bem pra saúde mental.

Não confie apenas em correntes de email. É claro que algumas coisas ali são verdadeiras e contribuem para algo de bom, mas é sempre bom se questionar depois de ler algo do gênero. (Isso foi muito Pedro Bial em “use filtro solar” bleh!)

Voltando ao assunto em questão, eu estava tomando muito café e coca, ainda mais na minha empresa. Um copo cheio (cheio mesmo) de manhã e nos períodos entre manhã e tarde (um as 11, um depois do almoço e mais um antes de sair). No almoço eu acostumei a comprar uma lata de Coca-Cola para acompanhar a refeição. Gostaria que fosse um pouco mais saudável, assim como era quando trabalhava na fábrica de sucos: no horário de almoço você tinha suco à vontade, já que você os produzia, também produzia o direito de consumir o produto nas refeições.Então o que aconteceu esse mês passado? Adquiriram na empresa uma máquina de café.

Pois é, agora que eu estava tentando ao máximo parar com a cafeína, vai ser um desafio continuar essa decisão no dia-a-dia com essa máquina de café. Mas vamos lá, não serei vencido tão fácil assim.

Até logo menos.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Domingo - O dia que não existe

Pude chegar a essa conclusão após anos de estudo e experiência no assunto. A verdade é que a semana possui apenas 6 dias. Você sempre começa a semana em qual dia? Segunda-feira! (coro sacro). Por aí já começamos a matar a charada. O mais lógico de tudo seria começar no primeiro dia, correto? Mas por que cargas d’água a semana começa de verdade no “segundo dia”? Pois bem, como segunda já é primeiro, nosso calendário perde toda a sequencia e o controle. A terça vira segundo, quarta vira terceiro, quinta vira quarto e sexta vira quinto. Na verdade sexta-feira é um dos dias mais legais da semana, e não preciso explicar o porquê. Parece que é quando a semana vai chegando ao fim que a graça começa a aparecer.
Segundo pesquisas realizadas nos pensamentos de 10 entre 10 pessoas (seja adultos, jovens) sexta-feira é o dia de trabalho menos horripilante para se trabalhar. É claro que nesse dia você deseja terminar todas as suas tarefas o mais rápido possível, pois é inadmissível sair depois do expediente na sexta-feira!

Pronto. Sexta-feira. A partir das 17h30min o transito já começa a estufar, as pistas vão ficando menores para a quantidade de veículos que vão ocupando-as. O estresse que rola nessa hora é sempre o mesmo: a pressa de querer chegar logo em casa ou ao destino combinado. Mas tudo bem, a noite de sexta começa, se você já saiu, está preocupado em chegar, se você ainda não saiu, está verde de vontade de ir embora.
Em todo caso você acaba saindo (ou não!) e o dia mais esperado da semana te encontra.
O dia mais intenso seria o sábado (isso quando você não tem que trabalhar nele), mas mesmo trabalhando continua sendo um dia de alívio, pois você poderá sair, fazer suas babaquices e ter um dia imaginário pra acordar mais tarde.
SIM! Um dia imaginário. Depois de um sábado muito louco, ou divertido, ou romântico ou qualquer adjetivo que você queria inserir aqui, sempre temos o domingo. Que dia mais estranho!

Chegamos à parte que eu queria esmiuçar. Você viveu literalmente seu sábado. Aproveitou de todas as formas possíveis. Você chega em casa cansado, as vezes nem chega, e não quer saber de outra coisa senão dormir. Seu compromisso agora é com aquela que te encontra toda noite e faz você ter os sonhos mais insanos: a cama.
Você pensa em dormir até meio-dia ou além dele. É claro, o horário que você chegou em casa não completa nem metade das horas necessárias para descanso em transe horizontal.
Pois é, é aí que chegamos ao ponto inicial do domingo. Ele já não começa na 00h00min depois do final do sábado. Isso por que você já começou pensando que é sábado ainda.
O Sábado possui 36 horas, parece. A noite de sábado é mais longa e demora muito mais pra acabar.

Aí começa o fim do mundo. A hora que você acorda a primeira coisa que vem a sua cabeça é “Nossa, já é meio-dia, e é domingo!” você ia tentar falar isso em voz alta, mas o sono é tanto que você fica incapaz de fazê-lo, então fica só no pensamento mesmo.
Até o momento citado, metade do dia já se foi. Você resolve levantar contra vontade, pois ou já está cansado de tanto dormir (caso você seja comportado e tenha ido dormir relativamente cedo no sábado) ou precisa levantar senão vai passar o dia inteiro roncando (embora haja uma grande maioria que escolhe a ultima opção).

Muito cuidado pois estamos num momento de enganação cerebral. Tudo o que você faz no domingo é passar a perna na sua mente, ou seria o contrário? Acho que seria o contrário mesmo, pois você toma café da manhã a 1 hora da tarde!
Temos também o detalhe do almoço de domingo ser mais demorado do que no dia da semana. Há todo um preparativo, pois é um almoço especial em que toda a família passa junto. E todos os fatos acontecidos na semana, sejam eles de família (o que é mais discutido) ou das notícias do mundo, são trocados por cada membro da família. Uma comunhão muito agradável que deveria acontecer não só de domingo.
Bem, até aí jaó são no mínimo 15h30min. Até a mesa ser tirada e todos os entulhos de louça serem jogados na pia, umas 16h00min.
Pronto! Já se foi o domingo, “My Preciooooous foi embora e nós quer ele, sim, nós quer muito ele. Mas ele já não está mais com nós, tiraram ele de nós, preciosso”
A parte da noite fica dividida em culturas de família. Explicarei.
Existem vários grupos, cada um faz uma coisa diferente nesse período. Tem aqueles que tiram um cochilo sagrado da tarde, que na minha opinião, grande parte executa essa tarefa, são poucos que sentem aversão a esse costume tão milenar.
Tem aqueles que vão jogar vídeo-game, jogar bola, alguns vão na casa de um amigo encher o saco, tem gente que começa a tomar banho pra ir na igreja a noite, tem os fãs do Faustão, do Gugu, da Eliana, de Não Sei Quem Mais pois não conheço mais as atrações fantásticas do domingo na TV.
A hora em que a noite chega, ela parece mais um relance do que uma verdade. Simplesmente ela não existe, os segundos parecem passar mais rápido, como se um minuto fossem 15 segundos.
Das 9 em diante você começa a sentir uma tristeza enorme e fica se questionando por que o domingo é tão curto. Logo a segunda chega e você sente aquela mesma sensação do final de domingo “Puxa que coisa hein”

É por isso que eu afirmo novamente: O Domingo não existe, é apenas um dia imaginário. Um dia como esse deve ser considerado o primeiro dia da semana? Você concorda? É apenas um holograma no calendário, os dias são destacados em vermelho, mas para quê vermelho?
Deveríamos criar um novo dia para a semana? O Primeira-Feira? Será que ele seria diferente do domingo ou a questão toda não está no nome? O.o

Eu ia colocar alguma imagem referente, mas no Google só resultou naquelas imagens alegrinhas de "Bom Domingo pra você!!!!" com carinhas felizes e bichinhos fofinhos junto com o logo do Domingo Legal ou do Placido Domingo. Então fica sem mesmo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Segredos do Estúdio


Tradução do post do vocalista do As I Lay Dying no Blog oficial da banda.

Quando as pessoas lêem na ficha técnica “produtor” elas interpretam isso um pouco diferente. Para alguns, o produtor é o cara que ajuda a banda a compor as músicas e arranjá-las na gravação. Para outros é o cara que ajuda a alinhar as tonalidades das guitarras e bateria. E há pessoas que pensam que o produtor é aquele encarregado de capturar a melhor performance da banda que ele conseguir.

Após anos de estúdio e experiência em vários papéis (integrante de banda, produtor, engenheiro, dono de estúdio), eu gostaria de revelar minha opinião sobre o título produtor para mostrar o talento variado de um cara como Adam D mas também a importância de todos aqueles que trabalharam no nosso álbum que possam ficar sem créditos. Naturalmente, vi esses papéis de diversos ângulos.

Antes de tudo, eu gostaria de dizer o quão grato estou de ter trabalhado na maioria das minhas últimas gravações com Daniel Castleman que como um engenheiro tem me considerado muito. Trabalhar com um engenheiro que eu confio ajuda a separar as funções do estúdio nos seus devidos lugares e deixar cada coisa acontecer na hora certa. Pra mim um produtor é o cara que mantém seu foco no retrato maior. Tipicamente isso significa ficar junto da banda antes da gravação começar para trabalhar nas idéias e composições. Às vezes o produtor é quase um membro extra que traz suas próprias idéias ou riffs. Para a banda que já possui compositores sólidos, o produtor deve ser o cara que tem certeza que as músicas estão arranjadas na forma mais afetiva e acaba sendo mais um co-produtor com a banda nesse aspecto. No caso do As I Lay Dying, nós temos idéias de composição de sobra e queríamos que Adam apenas ajustasse tudo com as transições efetivas e arranjos que ajudaram com que nossas músicas chegassem no ponto um pouco mais rápido.

Por outro lado, o engenheiro é a pessoa que na verdade faz a gravação, microfonação e cabeamento, e por ultimo pode ser aquele que extrai a melhor performance de um integrante com quem ele está trabalhando. Nós trabalhamos com três engenheiros (Adam D, Daniel Castleman, e ocasionalmente Joseph McQueen). Um produtor pode servir como um técnico quando vem “cabear” tudo, mas um bom engenheiro sabe como microfonar e captar as melhores performances. De fato, conheço vários produtores que não conseguem microfonar uma bateria, mas trabalham com uns dos mais espertos engenheiros no mundo. Embora, uma situação ideal é onde o produto e o engenheiro se distinguem e confiam um no outro em seus próprios campos enquanto são capazes de mudar de lado se necessário. É nesse ponto que Adam D se distingue como um produtor que também faz as vezes de engenheiro. Um grande engenheiro pode focar nas menores nuances de som para conseguir cada parte tão firme e claro quanto possível. Daniel, por ocasião, é capaz de pegar e consertar pequenas inconsistências em ritmo ou afinação que eu nunca notaria.

Pequena longa história, as vezes é difícil olhar para a imagem maior quando seu outro trabalho é localizar as pequenas coisas. Por esse motivo, muitos produtores/engenheiros capazes de fazer ambos os trabalhos ainda empregam mais pessoas para tomarem uma dessas tarefas de suas mãos de vez em quando ou espalhar a carga de trabalho para manter a opinião clara. Como integrantes da banda, é dessa forma que trabalhamos com um time inteiro, mesmo que tenhamos aprendido a fazer muitas coisas em estúdio. Estamos felizes com a equipe toda de pessoas que ajudaram a gravar nosso novo álbum e não vejo a hora de mostrar a mixagem final para todos os nossos fãs!

Produzido por Adam Dutkiewicz & As I Lay Dying
Engenharia por Adam Dutkiewicz & Daniel Castleman
Engenharia vocal adicional e edição por Joseph McQueen
Mixado por Colin Richardson
Engenheiro de mixagem: Martyn “Ginge” Ford
Mixado em Lambesis Studios
Masterizado por Ted Jensen no Sterling Sound
Guitarra, Baixo, e Vocais gravados em Lambesis Studios em San Diego, CA
Bateria gravada em Signature Sound em San Diego, CA
Pré-Produção por As I Lay Dying, Daniel Castleman, e Kelly Cairns
Técnico de guitarra: Joey St. Lucas
Técnico de bateria : Mike Catalano
Isso é tudo por meu ponto principal... mas tem mais para aqueles que gostam desse tópico e não se importam em ouvir mais dessa lengalenga com minha opinião sobre tudo isso.

Algumas bandas são incapazes de trabalhar com um produtor porque eles já estão mortos mantendo as coisas do jeito que escreveram. Se esse é o seu caso, ou da sua banda, então não se preocupe em contratar um produtor cujas idéias você rejeitará constantemente. Contrate um grande engenheiro. Por outro lado, se você ou sua banda querem ouvir uma perspectiva externa de alguém que não ouviu as músicas mil vezes, então você terá benefícios com um produtor. Eu sei que isso é óbvio, mas novas idéias geralmente vêm de um par novo de orelhas. Tenha certeza que a nova perspectiva que você está ouvindo é de alguém cujas idéias você respeita.

Então, se você é igual a mim, você ainda está imaginando quem é responsável por fazer as guitarras soarem tão firmes e os tons da bateria soarem tão sólidos. Bem, 90% disso vêm da pessoa que está mixando a gravação. Tanto quanto as performances originais foram capturadas com as devidas técnicas de microfonação e afinação. Então o cara que está mixando a gravação pode ligar os tons do jeito que quiser (desculpe deixar vocês de fora senhoras). No caso do As I Lay Dying, nós contratamos Colin Richardson pois somos fãs do seu trabalho há muito tempo. Acreditamos que An Ocean Between Us tem o melhor timbre de bateria de todos os nossos álbuns, então o contratamos de novo. Dessa vez Colin parece ter gasto mais tempo nas guitarras pois ele tinha mais recursos (principalmente cabos e amplificadores que ele possuía) disponíveis pra ele. As guias de guitarra foram gravadas com um amplificador, mas na mixagem final nós mudamos de opinião e Colin reamplificou as guitarras com um som diferente. Só essa parte levou 3 dias!

Eu continuaria para sempre, mas vou deixar isso aqui até meu próximo post.

TIM.

Fonte:
http://www.asilaydying.com/

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ritual Já Nostálgico

Você já ficou boiando quando comprou aquele álbum tão esperado do seu artista favorito? Calma que eu ainda não expliquei a situação em si. Essa é para aqueles que sentem uma enorme satisfação quando compram o álbum e o utilizam como um todo.

Não é só abrir a capinha e botar o disco pra rodar. Há todo um ritual específico que somente os adeptos dessa filosofia compreendem. Desde o abrir do plástico que fica protegendo a capa, como folhear aquele encarte novinho em “folha” (piada tosca), sentir o cheiro de papel novo de gráfica, ler tudo o que está escrito no encarte, até os detalhes da ficha técnica e a enorme lista de agradecimentos de cada integrante, onde eles dizem obrigado até pro bonequinho mascote do primo do cara que ajudou a levar o equipamento ao estúdio. Existem poucas pessoas que fazem esse Ritual do Álbum Novo, confesso que sou uma delas, já fiz muito disso, hoje me contenho um pouco quanto a isso.

Pronto. Esse parágrafo inteiro acima foi só pra poder te deixar por dentro do clima gerado pelo ritual e explicar o que acontece quando você começa a ler a ficha técnica e fica superficialmente perdido. Era isso o que eu estava falando no começo do post. Você fica boiando quando começa a ler, engenheiro assistente, mixagem, masterização, técnico de áudio e tudo mais que vem de praxe na ficha. Além de gerar dúvida, ao pesquisar sobre esses termos, até então desconhecidos para alguns, começamos a descobrir várias coisas interessantes, que às vezes se limitam a serem possíveis apenas dentro de um estúdio.

Esses dias, navegando pela Internet, fui olhar se havia alguma novidade e acabei caindo no blog do As I Lay Dying, grande banda de Metalcore! Lá havia um post do vocalista explicando alguns detalhes técnicos de gravação, e que, diga-se de passagem, é muito bem entendido por ele.

Como achei muito proveitoso o post dele, resolvi traduzir de forma livre e colocar aqui, pois achei que muitas coisas ditas ali por ele eram realmente interessantes. Então o próximo post será sobre os detalhes revelados por ele.

Abraço!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Resposta ao vídeo do PC Siqueira sobre Religião

Pessoal, só queria deixar bem claro aqui que eu não estou querendo combater e nem apontar o dedo sobre o vídeo, apenas mostrei minha opinião assim como o PC fez.
Sempre fui a favor de discussões respeitosas e sadias, sem apelações ou xingamentos, afinal quando a gente se altera, a gente perde a razão.
Se fosse possível gostaria de continuar trocando pensamentos.

O PC tá no direito dele, ele tem a escolha de acreditar no que quiser. Só mostrei alguns detalhes que podem ter passado desapercebidos por algumas pessoas.

É isso!

Van Halen - Little Dreamer

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Resposta ao vídeo do PC Siqueira sobre Religião

Antes de você ler esse post, assista primeiro os vídeos que estão logo abaixo.









Pra você que já assistiu:

Após assistir o vídeo do Pc Siqueira sobre religião, fiquei “analisando” e “refletindo” sobre o que ele disse.

Primeiramente eu queria explicar o porquê desse meu post.
Foi exibido um combate à religiosidade (e eu creio que ela deve ser combatida mesmo, principalmente por alguns motivos apresentados no vídeo), porém houve uns detalhes que me deixaram encabulado e me fez refletir sobre a forma como foi falado.

O PC apresentou sua opinião e recebeu críticas positivas em sua maioria. Mas ao analisar esse fato reparei que aconteceu a mesma coisa da qual ele tentou mostrar falha: A de que pessoas aprovaram o que foi falado sem ao menos questionar se aquilo estava correto, apenas foi aprovado.
Pode ter ficado meio confuso esse parágrafo, mas eu irei expor meu pensamento abaixo.

Da mesma forma que o PC respondeu ao assunto por tópicos, creio que possuo o direito de replicar no mesmo jeito.

Quero deixar bem claro que não estou aqui pra gerar confusão e creio que discussões saudáveis contribuem de várias formas para todos os interessados.

Generalização. Sim, você mesmo afirma que está generalizando. Sendo assim sua opinião é destinada a um grupo de pessoas que você imagina como é: superficial e generalizada, como você disse.

No começo diz que tem sido referência pras pessoas pensarem, depois diz que sua opinião não é pra influenciar ninguém. A partir do momento em que você expõe seu pensamento e o divulga, além de querer mostrar o que você pensa a respeito de tal assunto, você também induz os receptores a formarem opinião a partir do que está sendo apresentado. E nesse caso a aprovação ao que está sendo falado é mais provável.
Fala isso apenas para não parecer igual aos “líderes” que estão sendo criticados em sua exposição, mas falha ao cometer o mesmo “pecado”.

O título seria Religião apenas. Os termos política e futebol foram pouco ou quase nada explorados e se encaixaram no tema com superficialidade para não pesar o tema exposto.

Contradição. Mantêm-se firme em sua opinião, porém logo a frente diz que pode estar errado, que pode pensar diferente após alguns anos.
Fica meio confuso, pois ao mesmo tempo em que é dito que o ser humano como um ser pensante deve se questionar sobre as coisas, parece que quando ele diz sobre ser ateu, o faz com convicção: “Sou ateu, não acredito em Deus (ponto).” Deveria explorar seus questionamentos sobre esse assunto e os motivos pelos quais te levaram a pensar assim.
Eu sei que você fala que chegou a essa conclusão quando cita o exemplo das baratas, mas assim fica muito vago e pode parecer apenas uma jogada pra assistirem seus vídeos e achar em qual deles está esse assunto.

“Filosofia criada por alguma coisa que não existe...” Ponto crucial.
O verdadeiro desafio da crença em algo Divino ou em algum Ser Superior é justamente esse: não há provas físicas que Deus exista, da mesma forma que não há provas físicas que Deus não exista.
Se considerarmos que a prova física é afirmada através da natureza, é claro que você vai rir da minha cara pois, pelo seu argumento (e o de trocentos outros cientistas ou simpatizantes que também vão na onda, seguem um líder pra dizer no que se deve acreditar) provavelmente minha teoria será quebrada ao dizer que a natureza não é obra de um Ser Superior, temos o Big Bang pra explicar isso já. Acho que ficou meio confuso, vocês estão me entendendo?

A partir do ponto em que ele diz que as pessoas vestem a camisa de um pacote de “way of life” ele quer atingir um grupo específico de pessoas que se encontram em todo tipo de grupo social: religioso, não religioso, cristãos, ateus, meio profissional, social, amoroso, enfim, a vida no geral. Sempre haverá esse tipo de gente em qualquer e todo tipo de sociedade em que vivemos hoje. Ele sabe MUITO bem, que esse tipo de pessoa se encontra fácil por aí, não somente no meio “religioso”. Fato.

Sobre a pessoa religiosa se achar melhor que os outros só porque segue certa religião, ele atinge o pessoal do parágrafo de cima, que se encontra não só no meio religioso, mas na sua diversidade toda.
E não é apenas “seguir a religião” que vai te levar pro “paraíso”, a questão aqui é o caráter, o bom coração e seu modo de agir com as pessoas e consigo mesmo, essa é a diferença. Você não precisa acreditar que fazendo tudo isso você vai pro céu cheio de anjinhos loirinhos, mas essa forma de pensar e agir te torna numa pessoa de bem e creio que isso faz certa diferença no mundo, não o deixando pior do que já está, mesmo sendo um número mínimo nesse planeta gigante. Imagine se ninguém se preocupasse com isso? Que caos pior seria!

Sobre o ponto de considerar que todos são estúpidos, egoístas, falhos, maldosos e o que mais de mal houver, há duas razões para isso: natureza humana e o sistema em que vivemos hoje. O mundo capitalista nos ensina isso, e se você tentar se preocupar com o próximo, você é julgado, ou então passa fome, ou até perde seus “direitos” que já são “inúmeros” nesse sistema egoísta e acaba morrendo. E era isso o que eu esperava que você iria expor sobre política, porque grande parte do sistema se encontrar no que está hoje é de responsabilidade dos políticos, líderes de grande massa e influenciadores, gênios da filosofia, do governo, do mundo artístico, (não só deles, mas também de cada um que viveu no planeta até hoje, ou seja, cada um de nós), etc. Todos esses e todos nós contribuímos para a decadência atual do nosso mundo. As conseqüências já estão sendo apresentadas, não precisa ser muito inteligente pra perceber isso.
Sendo assim, é o mesmo pensamento dos protetores do meio ambiente. O grupo favorável a esse tipo de ideologia é quase inexpressivo nos dias de hoje, pois quase ninguém vive pensando e se preocupando com o meio ambiente, vão esperar destruir tudo e quando não houver mais chance para recuperação, irão perceber o que fizeram.

Contradição 2. Disse que “existem pessoas inteligentes nesse meio, mas que, em breve, elas deixarão de pensar dessa forma.” Ele não disse justamente o contrário dele mesmo sobre pensar no que acredita? To ficando maluco?
Tudo é uma questão de possibilidades, o detalhe é a sutileza utilizada na afirmação de cada ponto. Vejamos:
“Eu penso assim mas eu “posso” estar errado ou pensar de outro jeito mais pra frente.”
“Existem pessoas inteligentes nesse meio, mas se você é inteligente logo você “deixará” de pensar dessa forma”
Entenderam? Ele “pode” e o inteligente “deixará”. Uma situação na possibilidade e outra no afirmativo respectivamente. Creio que pela sua explicação as duas situações devem ter chances de possibilidade, e não só a que mais bem lhe apraz.


Sobre a questão de que “se não acreditar na mesma ideologia, você tá errado, você não é escolhido, você não entendeu, você é um herege, você não merece”.
Você não é obrigado a acreditar no mesmo que eles acreditam “e é por isso que você fez seu vídeo, expondo sua opinião e ideologia, não é?”. Inteligente como você está se apresentando, você deveria saber que não precisa agir igual e nem acatar ao que eles dizem, da mesma forma que eu não também não preciso acreditar no que eles falam e nem no que você fala, mesmo com seu vídeo passando a influência subliminar do que seria o modo mais sensato e mais inteligente de pensar.


Sobre a questão de “haverem pessoas que se prestam a não pensar e que vão atrás de livro, ministro, pra explicarem a elas...”
No mundo todo sempre existiu e sempre haverá pessoas com mais inteligência, pessoas com menos, pessoas com facilidade de aprender, pessoas com menos, pessoas com muitas habilidades, pessoas com menos.
Eu posso até viajar bastante aqui, dar um exemplo totalmente babaca:
Você ensinaria uma pessoa analfabeta a ler? Como você sabe se o nosso alfabeto e nosso idioma é o correto? Só porque todo mundo no Brasil e em outros países falam português? Você não acha que estaria agindo da mesma forma que um líder religioso ensinando o que se deve fazer?


Ele fala sobre pensar de uma forma bem irônica, como se somente ele soubesse o que viria a ser isso. E lá vem mais uma contradição, disse que há pessoas inteligentes no meio e diz depois que esse tipo de pessoa não pensa. Generalização + contradição.

Creio que nessa exposição toda, a única coisa que concordo com você é sobre o fanatismo, nisso você explicou com razão e lógica claras, afinal, não existe meio fanático.

Ele fala sobre a aversão que possui por “líderes” instituições e afins, mas num trecho ele fala algo muito parecido com o que disseram certa vez e acabou se tornando uma de suas principais frases: não quero viver feliz, apenas encontrar a verdade.
O detalhe é que esse cara é praticamente um influente claro do ateísmo, e as pessoas o seguem, pesquisam suas obras, concordam com tudo o que é dito e depois o religioso que é burro e vai na onda da galera. Será que o ateísta também não faz isso de certo modo, porém mais sutil?

A diferença que eu quero salientar aqui é a seguinte:

O PC quis mostrar como um religioso é, e conseguiu explicar de forma bem fácil. O porém é que no pensamento das pessoas (e dele também) fica implícita já a relação de que toda pessoa que possua crença ou fé seja dessa forma apresentada por ele, o que é um grande equívoco.
Não confunda pessoa religiosa (que segue dogmas, doutrinas, modos de agir e se portar patenteados por igrejas, que faz tudo o que pastor (ou qualquer líder religioso) manda) com uma simples pessoa que tem sua crença, fé em Deus ou algo superior. Nem todas essas pessoas são necessariamente assim. Seria o mesmo que dizer que todas as mãos são iguais e possuem a mesma impressão digital. De longe todas se parecem, mas somente conhecendo pra se ver a diferença que cada uma tem.

Meu intuito com essa resposta é mostrar de forma educada e sem agressões ou falta de respeito que, o que foi apresentado também não pode ser verdade absoluta.
Não estou te forçando a ir em alguma igreja, dar seu dízimo, acreditar no que qualquer engravatado diz. Temos mesmo que ser sensatos e colocarmos na balança tudo o que é lançado a nós. Agora a fé é realmente um desafio pra todas as pessoas e faz com que cada um que a possua reflita e pense.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Toureiro leva chifrada no pescoço saindo pela boca



Notícia meio velha já (afinal na web a notícia da manhã já se torna idosa no final da noite do mesmo dia), brincadeira.

Sempre achei touradas um evento meio impressionante (isso não quer dizer que eu aprove as atitudes tomadas na arena, assim como rodeio e eventos do tipo). Há um clima de desafio, pois o toureiro precisa de muita coragem (ou seria falta de noção de perigo?) e habilidade pra desviar com classe do que seria considerado inimigo ou “monstro”. Muitas vezes o final é trágico pro touro “MAS” alguns dias são o da caça. Dia esse no qual o toureiro Julio sentiu o gosto do chifre, literalmente.





A foto é realmente impressionante. O toureiro Julio Aparício, 41 anos, sofreu uma chifrada no pescoço no dia 21/05/2010 na arena de Las Ventas em Madri. O touro aproveitou o momento em que Aparício se desequilibrou e desferiu um golpe que acabou entrando um pouco abaixo do queixo, perfurando até sair pela boca. A foto do momento exato realmente é bizarra, mas traz um toque de “lição aprendida”, ou não né. Esses caras parecem que possuem uma paixão cega por esse esporte violento e perigoso (dos dois lados).

Julio foi levado ao hospital, ficou em estado grave e sofreu duas cirurgias, obteve uma melhora e o ultimo status de sua saúde é que retornou ao estado grave, respirando com ajuda de aparelhos. Essa foi a ultima informação que se teve do toureiro.

Será que se ele sobrevivesse, ele retornaria as arenas para continuar praticando esse tipo de esporte? Ou ele pensaria duas vezes se valeria a pena se arriscar e maltratar daquele jeito os touros que nem sabem o propósito disso tudo?


sexta-feira, 11 de junho de 2010

Johnny Castaway - Um mar, uma ilha, um coqueiro e um homenzinho


Esses dias, mexendo no pc em casa, tive uma lembrança muito agradável de um pensamento que ficou guardado e adormecido na minha mente por um longo tempo.

Explicando: quando era criança (agora não consigo me lembrar da idade, mas creio que eu tinha por volta dos 6, 7 anos) minha mãe havia me buscado da escola e me levou no seu então trabalho para voltarmos pra casa depois.

Enquanto ela resolvia suas coisas eu gostava de ficar andando pra lá e pra cá, descobrindo novos lugares (os prédios da empresa eram grandes e se pareciam muito com labirintos, cheios de portas iguais em longos corredores, escadarias que pro meu tamanho de menino eram imensas com quadros que chegavam a dar medo e aquela sensação de estar sendo observado). Realmente era uma sensação idêntica a de se estar num daqueles castelos de filme (só que empresarial).

Então naquele dia eu estava mais comportado. Não lembro se era porque estava cansado ou se minha mãe tinha me dado alguma bronca pra não ficar perambulando pela empresa, que era grande demais pra uma criança ficar tentando descobrir lugares. A amiga da minha mãe, que trabalhava com um computador me deixou ficar na mesa dela pra me distrair e passar o tempo mais rápido (afinal, crianças, pelo menos daquela época não tinham noção do quão cansativo e “trabalhoso” seria trabalhar), mas a condição era que eu poderia só olhar, não poderia mexer em nada, pois, é claro, seria um desastre.

E é aí que começa a minha doce nostalgia. No momento em que sentei, não lembro se já estava rodando ou se ela colocou pra eu ver, vejo na tela uma cena inusitada e a mais fantástica que eu já teria visto em algum equipamento de transmissão de imagem: um mar, uma ilha, um coqueiro e um homenzinho (marinheiro). Daquele momento em diante não consegui mais tirar os olhos do monitor. Acho que depois daquilo minha mãe e sua amiga ficaram tranqüilas porque eu iria ficar um bom tempo “preso” àquele acontecimento mágico pra mim. A cada nova cena minha curiosidade aumentava em saber o que aconteceria dali em diante. O homenzinho fazendo castelos de areia, tentando acender uma fogueira, acenando pra algum navio ou helicóptero que passava por perto e sua indignação as vezes, sua solidão, sua alegria inocente, sua força pra subir no coqueiro ao sentir fome ou sede.

Enfim, pode até parecer muito bobo. O que tem demais num protetor de tela de um carinha numa ilha? Que coisa mais sem graça! Pode ser sem graça, tonto, horrível, o que for pra você, mas isso tem um valor, um significado enorme pra mim. Meu caráter, minhas lembranças de infância, meu sentimento por aqueles que me educaram, amaram e com quem eu vivi uma boa (apesar de curta) parte do tempo. Essas simples seqüências de acontecimentos numa ilhazinha criaram um elo muito forte que me fez guardar na memória coisas boas, pensamentos que me deixam calado por um longo tempo refletindo no que tudo aquilo que eu vivi significou pra mim.

O nome do screen saver chama-se Johnny Castaway.

Essa ilhazinha ficou guardada até hoje na minha mente (e creio que vai ficar pelo resto da vida). Então vasculhei no Google pra ver se encontrava, procurei sem saber o nome e acabei encontrando logo. Hoje quando cheguei em casa, a primeira coisa que fiz quando entrei na internet foi baixar esse protetor de tela.

E o mais curioso de tudo é que há uma seqüência fantástica, de onze dias no total, algumas cenas raras aparecem quando se deixa rodar por uns dias ou até semanas.
Segue o endereço onde se pode obter todas as informações desse grande protetor que vale uma fortuna imensa pra mim.

Recomendo a todos e dedico aqueles que, como eu, tiveram sua infância marcada por esse simples mas sofisticado protetor.

Abraço!

Link para baixar o protetor de tela: http://web.onetel.net.uk/~gnudawn/johnny/index.html

* U2 – I Still Haven’t Found What I’m Looking For